Primeira trilha na Espanha |
Fui sem pensar duas vezes, não conhecia nada. Tudo era festa!
Pois bem, tudo muito legal até chegarmos a um ponto da trilha quando perguntei ao rapaz que estava com o mapa se faltava muito para chegar ao destino e ele disse: "Não sei quanto falta"
Daí, pensei: "Está na cara que ele está perdido. Mas que fazer, já andamos por 4h e o sol vai se pôr em 2h, não posso voltar sozinha num lugar sem arbusto. Não vou me desesperar e curtir o passeio."
E as coisas só foram piorando, quando dei uma olhada no mapa dele, só havia uma foto do Google
Satélites sem coordenada, medida de distância, nada!
Ou seja, estávamos caminhando sem saber qual a extensão da trilha que era o mais básico.
Ao fundo, Serra Nevada |
As oliveiras |
Os olivares |
Havia uns abrigos barranco abaixo e gritávamos para que alguém avisasse a polícia onde estávamos e a pessoa respondeu que estava tomando as medidas.
Pois bem, orações atendidas, ao avistar a polícia comecei a tirar fotos com flash para sinalizar nossa localização. Bem que eu havia achado que a polícia havia chegado rápido demais. Não era a polícia, era a equipe de reportagem que foram os primeiros a chegar.
Casa onde havia alguém que nos ouvia no momento de sufoco |
Falando em atalhos, aparecem os montanhistas da polícia e bombeiros. Pelas terraplanagens escorregadias mesmo e com ajuda da funcionária ou ex-funcionária do Parque Periurbano que conhecia a região , fomos resgatados.
Bom que na volta, conheci Alhambra a noite, pois era caminho.
Parte da trilha - Vista para Serra Nevada |
Pelas fotos dá para ver que vale a pena fazer mesmo a pé, de preferência de manhã bem cedo. No verão, eu não faria porque Granada faz mais de 40ºC durante o dia e já vi noite bater 30ºC, mas a média noturna no verão são 20ºC sem vento. Como o pessoal de Foz do Iguaçu fala em tempo de calor, é um Rio de Janeiro sem praia. Ou seja, faz o mesmo calor, porém sem brisa marítima que dá um alívio na caminhada.
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Curso d'água |
Canal de água |
Ah! A trilha tem poucas árvores altas. Há muito cultivo de azeitonas. Em Andaluzia é comum plantações de azeitonas e amêndoas (as amêndoas chiques que o povo consome mais em festas. Não são as amendoeiras altas de folhas largas que encontramos nas ruas do sudeste brasileiro).
Cultivo de azeitona |
Olha quantas azeitonas |
Plantação de oliveiras |
No meio do caminho encontramos uma igreja abandonada bem interessante! Não me pergunte o nome ou história dela porque não sei. Mas as ruínas eram bonitas. Havia sacos plásticos, colchões, lata de refrigerante... e eram recentes. Evidência de que alguém dormiu ou andou por lá há pouco tempo.
Chegando a ruína da igreja |
Há ruínas. Disseram que era uma igreja |
Abaixo, algumas fotos do interior da igreja. Encontramos um celular no local e conseguimos entrar em contato com o dono e devolver no Centro da cidade ao próprio.
Interior da igreja em ruína |
SOBRE COMO CHEGAR:
Chegada pelo Parque Periurbano, caminho do cemitério.
Vi a placa do ônibus 35 na saída de um dos montes.
A trilha tem é longa e de sinalização precária.
Enfim, trilha sem marcação identificada, são mais de 30km de percurso, muitas subidas acentuadas, alguns lugares com deslizamento de terra. De qualquer forma, havia gente de bicicleta de montanha e motocross fazendo a rota. Só posso dizer que andamos 4h30 e ainda faltava 1/4 do caminho. Creio não estar exagerando.
Sem mais, alguém querendo fazer o percurso, encontrei num site de ciclismo de montanha da região, planilhas de GPS, fotos e várias dicas que deveríamos ter acessado antes de nos aventurar por aí: Roteiro de bicicleta de LLANO DE LA PERDIZ SACROMONTE
Antes de nos perdermos |
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